quarta-feira, 21 de abril de 2010

No smiles

Editoriais sem sorriso!

O queixo é levemento baixo, os olhos semi cerrados e a boca entreaberta , numa feição penetrante e extremamente sensual... Geralmente elas tem olhos claros (preferencialmente pintados lembrando o olhar de um felino), os cabelos esvoaçantes e lindos e a boca é redonda e carnuda. o corpo, quando aparece, nem se fala! A imagem suga o leitor (ou observador, no caso) e o envolve em uma atmosfera cheia de mistérios! Mas, sinceramente, me parece vazio e pesado...
A volta do corselet não seria a representação máxima deste desejo de sedução (pela aparência) de uma mulher? Acho isso muito perigoso!

Onde está a leveza, o sorriso, o bem-estar?

Lembrei dos revistas japonesas que trazem modelos fazendo literalmente caras e bocas, sempre muito engraçadas! Não que seja este o caminho, porque ali também tem muito exagero...
Mas não seria de se pensar em quais imagens estamos nos espelhando?
Eu ainda prefiro um sorriso! E este tem sido difícil encontrar em revistas de moda!

Parabéns a Langerfeld (não que ele vá se importar com estas minhas palavras!! hehe)... Mas o desfile de Chanel, em Saint Tropez, com as modelos caminhando na rua, de pés descalços foi um bom exemplo de leveza!

Carros e Cores!

Falta alegria nas nossas ruas. Já pararam para olhar o que se vê em um estacionamento lotado?
Ninguém mais compra carros coloridos (isto também por que ninguém mais faz, por que ninguém mais compra e assim por diante)!
Quero fazer um abaixo assinado contra carros sem graça! Contra a hegemonia dos carros preto, prata, branco, vermelho (que é cor da sensualidade, paixão, desejo, muito comum nos esportivos e talvez reflexo desta era "sou sexy")!!
Vamos colorir as ruas!!!!Adorei os lançamentos cor de laranja (troller e crossfox)! Sai do óbvio, instiga, choca, provoca! Isso é diferente! E laranja é a cor da adrenalina, da criatividade, da movimentação! Perfeito para carros "adventures"! E nossos dias andam bem assim: "adventrures"! Não?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Banalização

Em uma troca de idéias com Turco Loco, ele comentou que eles, quando iniciaram a Cavalera em 1995, não tinham nenhum conhecimento teórico em moda, e que isso na época não era difundido. Tiveram que aprender na marra, na tentativa, acerto, erro e correção. Falou também que agora era tudo mais fácil, que tínhamos acesso a mais informações e possibilidades acadêmicas...
Na hora eu discordei e ainda discordo. Ter possibilidades acadêmicas não forma bons profissionais!
Estes ousados sabiam o que queriam e por isso se dedicavam muito mais e doavam a alma para que desse certo a nova proposta, a sua causa. Exatamente por não se ter conhecimento especifico é que eles são vitoriosos, pois insistiram em algo que era intrínseco deles e não vinha do meio externo, em informações redundantes e banais tanto vistas por aí, que não abrangem nada além de um visual vil e vão.
Muitas informações são pertinentes, sim! Não tiro o mérito das universidades do ramo! E o aproveitamento quem faz é realmente a pessoa, o então aluno, com sua curiosidade, veia crítica e noção de cultura e comportamento...
Quando digo banalização, me refiro aos novos concorrentes do meio, que se formam estilistas sem nem mesmo ter estilo próprio... E o estudo permite isso, a formação acadêmica permite isso...
Permite que quem não saiba exatamente o que quer e gosta dispute um lugar ao sol ao lado de quem sabe bem onde quer chegar e como... Na época em que o Turco Loco se referia como antes, creio eu, só caminhava quem sabia qual caminho realmente queria seguir.
E então assisti mais algumas palestras e me perguntei se realmente nossos cursos de Moda estão formando bons profissionais, por que da lista de palestrantes falando sobre o universo fashion e suas possibilidades tinha jornalista, publicitário e filósofo, por exemplo...
O que estes cursos agregam? O que poderíamos aprender com eles? Talvez esteja nos faltando algo: uma veia mais crítica e pertinente e uma avaliação mais profunda antropológica e não apenas estética.
Devaneios...

Alices


Estou lendo um livro sobre física quântica e tem um título até bem curioso: "Alice no País do Quantum" (Robert Gilmore). Ora, logo ela, a Alice! Não tive como recusar a leitura... Por que foi mesmo que ela reapareceu?
Quanto frenesi em volta da Alice versão Tim Burton, da mesma que é tema de semana de moda, que é inspiração pra coleção de jóias, roupas e calçados, cenários para muito eventos e editoriais e até tema de jogo sangrento.
Lendo a história de Lewis Carroll, de 1865, penso até que a história dessa Alice é o reflexo de nosso mundo e anseios atuais. Seria ele, o autor, um visionário? Me explico: um mundo louco e uma história onde tudo é possível. Quem não gostaria de ser, em algum momento, algum daqueles personagens? Ou tomar uma poção mágica e plin!? Outras possibilidades!!!
Eu mesma já a "interpretei", nos meus giros pela vida! Digo "interpretei" assim, entre aspas, pois não foi uma tarefa das mais árduas para minha idade, então 5 anos. Na verdade era uma encenação em praça pública, no centro da cidade onde eu morava e todos ficaram encantados com minha performance, afinal, eles chamavam pela Alice e eu, pequenininha como era, respondia prontamente... O que eles não sabiam era que euzinha, mesma, também me chamava (e ainda me chamo, claro!) Alice!
Truco!

Ser diferente?


Acabei de participar de uma conversa sobre blogs de moda, o que é cool, in, hit, fashion! E descobri que, além de não achar nada agradável essa história de falar sobre qualquer coisa ligada a moda com palavras em inglês infiltradas, a moda agora é ser diferente...
Mas o que é exatamente ser diferente?
Olhei as mulheres sentadas a minha volta. Umas quantas com calça detonada jeans, outras várias com os cabelos amarrados ao "acaso", as unhas pintadas em cores suspeitas, camisetas com estampas que querem dizer alguma coisa mas muitas vezes nem dizem nada, cardigans molengos e longos passando um ar de
"tô nem aí"...
E sobre a tal diferença, no final das contas, estavam
todas iguais!
E exatamente o que é ser diferente pra cada um deles?
Para cada um de nós?
Por favor, alguém esclareça a minha dúvida!

Páginas em branco


Refleti muito hoje sobre o que seria interessante de se ler, sobre o que escrever e o que exatamente abordar para preencher algumas páginas em branco.
Um blog deve ser interessante para o leitor. Ótimo! Mas quem é ele?
Sabemos sobre o que gostamos de ler, cada um de nós, com suas escolhas e curiosidades.
Eu por exemplo estou no meu 12º livro este ano, e ele versa sobre física quântica e se intitula "Alice no País do Quantum" (Robert Gilmore). Ora, logo ela, a Alice tão em voga! Nunca pensei que fosse dar uma voltinha com ela em um mundo tão obscuro para muitos de nós (se não a maioria). Mas isso não é loucura minha e eu também leio livros mais populares como a "Arte da Guerra" (Sun Tzu)!!! (A louca!)
Então queria propor um debate: o que é interessante? O que te motiva a prosseguir a leitura? Qual teu foco, tua fé?
Revistas de fofocas também tem seu espaço nas bancas!