domingo, 3 de outubro de 2010

Aniversários!


Conheço pessoas. E todas elas, em algum momento do ano fazem aniversário!

E estes tempos parei pra pensar sobre esta data e a lembrança que tenho dela: o aniversário de meus amigos! Tenho amigos como a maioria das pessoas os tem... e nem de todos lembro o dia exato do aniversário! Ah! Santa internet que dificilmente me deixa desavisada de alguma data comemorativa! Mas isso é indício de amizade?

Há pouco foi o meu aniversário e recebi felicitações de muitos lugares e por diversos meios... Mas terão sido todos de coração e verdadeiros? De muitos amigos não lembro mesmo a data de seus aniversários e isso não significa que goste menos deles por este lápisso de memória... Gosto deles com ou sem a lembrança de seus aniversários e compreendo perfeitamente se eles, em minha data específica, não lembrarem de me mandar um OI sequer!

Mandar felicitações de aniversário não é mais parâmetro de amizade.

É parâmetro de atualização tecnológica constante...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Pequenas coisas (1)

Quando a gente viaja por aí, sente as diferenças culturais! Lembro de dois fatos marcantes agora:
1 - Em Frankfurt, Alemanha: quando alguém está sem pressa na escada rolante, fica paradinho no lado direito. Assim quem está afoito pode passar livremente pela lateral esquerda. Funciona como no trânsito! E lá funciona mesmo! Poderíamos adotar!
2 - Em Porto Alegre, Brasil: as pessoas fazem fila na parada do ônibus, assim quem chegou primeiro pode escolher (quando isso for possível) o lugar para se sentar. Poderiam adotar!
Respeito e consideração não deveriam nunca sair de MODA!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Troféu Abacaxi


Ainda sobre o ser mais leve e divertida. Fiz uma bolsa com retalhos de tecido, em forma de abacaxi, inspirada em uma bolsa de tricô que tem lá no Kioto Costume Institute, de 1800. Achei divertidíssima e resolvi alegrar um pouco a produção com um modelo mais irreverente... Levei exatamente 7h para pregar os mais de 300 quadradinhos, mas estou contente com o resultado!
Se Carmem Miranda podia usar na cabeça, eu posso também usar a tiracolo!

24h para o processo criativo!

Criatividade.
De criar: dar existência a, tirar do nada, originar, inventar.
E como fazer isso com hora marcada? Como definir para nosso cérebro: "Olha, agora é hora de realizar a grande proeza de desenvolver produtos maravilhosos, por que afinal de contas, estou no horário determinado de trabalho e ganho dimdim pra isso!"?

Estava pensando nisto esta noite, perto da meia-noite, enquanto desenhava alguns rabiscos de uma ideia interessante que me acometeu assim, de repente, quando a luz do quarto já estava até apagada! Não estava no meu horário de trabalho! Não era nem de perto o escritório gelado e com iluminação artificial que andava metida, trabalhando das 7:30h da manhã (isso são horas?), até depois das 18h... E quem disse que meu cérebro funciona nestas condições?
Lembro que muitas vezes eu pegava papel e caneta e me sentava nos bancos do jardim, na sombra de uma árvore (felizmente a empresa tinha um belo jardim)... Recebia olhares, sem dúvida, mas estava efetivamente trabalhando e não me importava com as observações de quem não compreendia as minhas atitudes!

Sou partidária de adotarmos o sistema de "empreitadas"!Somos crescidinhos e já sabemos quais as responsabilidades nos cabem e, pode apostar, seria melhor cobrar resultados, que um cartão-ponto todo preenchidinho corretamente!Mas ao menos aqui, onde trabalho, a relação produtividade e responsabilidade ainda é fortemente vinculada com o horário de trabalho.. E eles começam cedo! Bem cedo!E espero que cedo eles percebam que nem tudo pode ser realizado com hora marcada...

terça-feira, 4 de maio de 2010

A Moda dos Aspectos

Não é sobre os aspectos da moda, das cartelas de cor, do caimento dos tecidos, das formas e modelagens. É sobre a moda dos aspectos sociais.
Justiça comunitária está na moda. Resolver questões de forma sensata e flexível com ajuda de um mediador desafoga um dos canais de maior crítica nacional: o judiciário. A justiça, cega, surda, muda e lerda.

Mas onde começa a justiça?
E onde ela se mescla com a moda?

Na minha opinião, a justiça começa nas pequenas atitudes, e sem ser aplicada somente em casos de favorecimento próprio (o que, automaticamente acaba acontecendo quando se busca ser correto.). Começa no respeito no trânsito, no transporte público, no produto que compramos ou não ao considerar os impactos sócio-ambientais que ele pode causar.
E essa mesma justiça se mescla com a moda quando desconsideramos a precariedade e valorizamos a modernização do nosso guardaroupas.
Longe de mim levantar bandeira contra a moda e as empresas sérias que a sustentam. Levanto questões que o ser humano é capaz de encobrir por benefício próprio. É a questão do valor X VALOR.

Quanto vale a dignidade de um cidadão? Quanto vale o ter?
Quem abriria mão de usar as peças, as cores, os tecidos da moda, para deixar de contribuir com o mercado sustentado por escravos chineses, por exemplo?
Pois para quem não sabe, não é só na China que pessoas trabalham em condições precárias em prol da economia mundial. Aqui no Brasil, para sustentar a maior região do mercado de moda na maior cidade do país, mais de 20.000 bolivianos trabalham em condições precárias, com carga horária desumana, sem descanso ou salário. Isso faz com que grandes redes ou lojas de atacado tenham preços imbatíveis em seus produtos.

Para mim, a justiça começa na escolha. Se não é digno para aquele que produz, porque é digno para quem usa?

Claro que é necessário modificar vários aspectos para que possamos pagar impostos mais coerentes e com isso incluir mais empresários e trabalhadores de forma legal, mas enquanto pensarmos: "Só eu faço então não tem problema", não seremos capazes de tratar com lucidez qualquer que seja questão.

Livro: interessante!

Tem mais um livro que comprei, com o titulo "1000 lugares pra conhecer antes de morrer - um guia para toda vida". Pra ser sincera, quase morri de rir ali mesmo, na livraria, quando li o título! Aí nem teria chance de conhecer os famosos lugares relacionados e já partiria logo para segunda edição, muito mais completa, que contempla também boas dicas de lugares para se visitar depois! hahahaha! Não posso nem imaginar!!!! Sim, depois, por que desconsiderei a parte que diz "toda vida" na capa. Me recuso a acreditar que a vida acaba da maneira como o autor define!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

No smiles

Editoriais sem sorriso!

O queixo é levemento baixo, os olhos semi cerrados e a boca entreaberta , numa feição penetrante e extremamente sensual... Geralmente elas tem olhos claros (preferencialmente pintados lembrando o olhar de um felino), os cabelos esvoaçantes e lindos e a boca é redonda e carnuda. o corpo, quando aparece, nem se fala! A imagem suga o leitor (ou observador, no caso) e o envolve em uma atmosfera cheia de mistérios! Mas, sinceramente, me parece vazio e pesado...
A volta do corselet não seria a representação máxima deste desejo de sedução (pela aparência) de uma mulher? Acho isso muito perigoso!

Onde está a leveza, o sorriso, o bem-estar?

Lembrei dos revistas japonesas que trazem modelos fazendo literalmente caras e bocas, sempre muito engraçadas! Não que seja este o caminho, porque ali também tem muito exagero...
Mas não seria de se pensar em quais imagens estamos nos espelhando?
Eu ainda prefiro um sorriso! E este tem sido difícil encontrar em revistas de moda!

Parabéns a Langerfeld (não que ele vá se importar com estas minhas palavras!! hehe)... Mas o desfile de Chanel, em Saint Tropez, com as modelos caminhando na rua, de pés descalços foi um bom exemplo de leveza!

Carros e Cores!

Falta alegria nas nossas ruas. Já pararam para olhar o que se vê em um estacionamento lotado?
Ninguém mais compra carros coloridos (isto também por que ninguém mais faz, por que ninguém mais compra e assim por diante)!
Quero fazer um abaixo assinado contra carros sem graça! Contra a hegemonia dos carros preto, prata, branco, vermelho (que é cor da sensualidade, paixão, desejo, muito comum nos esportivos e talvez reflexo desta era "sou sexy")!!
Vamos colorir as ruas!!!!Adorei os lançamentos cor de laranja (troller e crossfox)! Sai do óbvio, instiga, choca, provoca! Isso é diferente! E laranja é a cor da adrenalina, da criatividade, da movimentação! Perfeito para carros "adventures"! E nossos dias andam bem assim: "adventrures"! Não?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Banalização

Em uma troca de idéias com Turco Loco, ele comentou que eles, quando iniciaram a Cavalera em 1995, não tinham nenhum conhecimento teórico em moda, e que isso na época não era difundido. Tiveram que aprender na marra, na tentativa, acerto, erro e correção. Falou também que agora era tudo mais fácil, que tínhamos acesso a mais informações e possibilidades acadêmicas...
Na hora eu discordei e ainda discordo. Ter possibilidades acadêmicas não forma bons profissionais!
Estes ousados sabiam o que queriam e por isso se dedicavam muito mais e doavam a alma para que desse certo a nova proposta, a sua causa. Exatamente por não se ter conhecimento especifico é que eles são vitoriosos, pois insistiram em algo que era intrínseco deles e não vinha do meio externo, em informações redundantes e banais tanto vistas por aí, que não abrangem nada além de um visual vil e vão.
Muitas informações são pertinentes, sim! Não tiro o mérito das universidades do ramo! E o aproveitamento quem faz é realmente a pessoa, o então aluno, com sua curiosidade, veia crítica e noção de cultura e comportamento...
Quando digo banalização, me refiro aos novos concorrentes do meio, que se formam estilistas sem nem mesmo ter estilo próprio... E o estudo permite isso, a formação acadêmica permite isso...
Permite que quem não saiba exatamente o que quer e gosta dispute um lugar ao sol ao lado de quem sabe bem onde quer chegar e como... Na época em que o Turco Loco se referia como antes, creio eu, só caminhava quem sabia qual caminho realmente queria seguir.
E então assisti mais algumas palestras e me perguntei se realmente nossos cursos de Moda estão formando bons profissionais, por que da lista de palestrantes falando sobre o universo fashion e suas possibilidades tinha jornalista, publicitário e filósofo, por exemplo...
O que estes cursos agregam? O que poderíamos aprender com eles? Talvez esteja nos faltando algo: uma veia mais crítica e pertinente e uma avaliação mais profunda antropológica e não apenas estética.
Devaneios...

Alices


Estou lendo um livro sobre física quântica e tem um título até bem curioso: "Alice no País do Quantum" (Robert Gilmore). Ora, logo ela, a Alice! Não tive como recusar a leitura... Por que foi mesmo que ela reapareceu?
Quanto frenesi em volta da Alice versão Tim Burton, da mesma que é tema de semana de moda, que é inspiração pra coleção de jóias, roupas e calçados, cenários para muito eventos e editoriais e até tema de jogo sangrento.
Lendo a história de Lewis Carroll, de 1865, penso até que a história dessa Alice é o reflexo de nosso mundo e anseios atuais. Seria ele, o autor, um visionário? Me explico: um mundo louco e uma história onde tudo é possível. Quem não gostaria de ser, em algum momento, algum daqueles personagens? Ou tomar uma poção mágica e plin!? Outras possibilidades!!!
Eu mesma já a "interpretei", nos meus giros pela vida! Digo "interpretei" assim, entre aspas, pois não foi uma tarefa das mais árduas para minha idade, então 5 anos. Na verdade era uma encenação em praça pública, no centro da cidade onde eu morava e todos ficaram encantados com minha performance, afinal, eles chamavam pela Alice e eu, pequenininha como era, respondia prontamente... O que eles não sabiam era que euzinha, mesma, também me chamava (e ainda me chamo, claro!) Alice!
Truco!

Ser diferente?


Acabei de participar de uma conversa sobre blogs de moda, o que é cool, in, hit, fashion! E descobri que, além de não achar nada agradável essa história de falar sobre qualquer coisa ligada a moda com palavras em inglês infiltradas, a moda agora é ser diferente...
Mas o que é exatamente ser diferente?
Olhei as mulheres sentadas a minha volta. Umas quantas com calça detonada jeans, outras várias com os cabelos amarrados ao "acaso", as unhas pintadas em cores suspeitas, camisetas com estampas que querem dizer alguma coisa mas muitas vezes nem dizem nada, cardigans molengos e longos passando um ar de
"tô nem aí"...
E sobre a tal diferença, no final das contas, estavam
todas iguais!
E exatamente o que é ser diferente pra cada um deles?
Para cada um de nós?
Por favor, alguém esclareça a minha dúvida!

Páginas em branco


Refleti muito hoje sobre o que seria interessante de se ler, sobre o que escrever e o que exatamente abordar para preencher algumas páginas em branco.
Um blog deve ser interessante para o leitor. Ótimo! Mas quem é ele?
Sabemos sobre o que gostamos de ler, cada um de nós, com suas escolhas e curiosidades.
Eu por exemplo estou no meu 12º livro este ano, e ele versa sobre física quântica e se intitula "Alice no País do Quantum" (Robert Gilmore). Ora, logo ela, a Alice tão em voga! Nunca pensei que fosse dar uma voltinha com ela em um mundo tão obscuro para muitos de nós (se não a maioria). Mas isso não é loucura minha e eu também leio livros mais populares como a "Arte da Guerra" (Sun Tzu)!!! (A louca!)
Então queria propor um debate: o que é interessante? O que te motiva a prosseguir a leitura? Qual teu foco, tua fé?
Revistas de fofocas também tem seu espaço nas bancas!